sábado, 22 de março de 2008

AUMENTAR BASTANTE O NÚMERO DE PARLAMENTARES

Um dos estímulos à corrupção é o excesso de poder concentrado num cargo eletivo. Com um número reduzido de "representantes do povo", os legisladores, em todos os níveis, ficam com uma carga de poder muito grande.
A representatividade fica comprometida, também, porque nem todas as correntes de pensamento conseguem espaço para se manifestarem e para influirem nas decisões.
A idéia é aumentar bastante o número de integrantes do legislativo. É preciso pensar um critério, mas de qualquer forma tem que ser uma espécie de grande assembléia do povo, com redefinição dos poderes - aumentando, em alguns aspectos, o direito de participar das decisões relevantes da gestão pública.
Encareceria o processo? Talvez. Mas é possível pensar em congelar os gastos atuais, de tal forma que a nova estrutura tenha o mesmo impacto no orçamento público. Por exemplo, se se dobra o número de parlamentares e cada parlamentar tem, hoje, dois assessores, a nova composição atribuirá a cada parlamentar apenas um assessor. Se cada um tem um gabinete, no próximo arranjo cada gabinete comportará dois parlamentares, com o mesmo espaço físico e com a mesma infra-estrutura.
Dentro dessa idéia, o exercício do mandato somente cobrará eficiência se o parlamentar tiver mais contato com suas bases, que é onde encontrará os subsidios que hoje ele busca através da assessoria paga. Isso quando o assessor não é apenas um fantasma, bem pago. É a militância autêntica que ser estimulada.
Essa idéia vai na contra-mão do propalado pela grande imprensa, que analisa as coisas sob a ótica da estrutura de poder já estabelecida. Não tem olhos - ou tem mas não gosta de ver - para uma forma popular de controle da sociedade.

Nenhum comentário: